segunda-feira, 23 de julho de 2012

ENTARDECE

Nada do que acontece em nossas vidas é desnecessário.
Tudo tem razão de ser e acontecer.
Tudo é resultado de nossas escolhas.
Tudo reage ao agente.
Nada passa despercebido no Universo.
Desde a folha que cai até um estranho verso.
Tudo tem que ser.
Tudo é.
Tudo há de ser o que é e o que será.
A nós cabe aprender.
Desde este instante que se vai, até o momento em ele que sai, dando ao dia a chance de amanhecer quando a noite se esvai.
A nós cabe o entardecer, que é o jeito que a vida achou de nos botar pra entender que o tempo que passa não é o dia acabando, nem a manhã se entremeando.
Talvez (e eu arrisco esse talvez), entardecer seja o jeito da vida suceder.
Pois nascemos encarcerados num pequeno ser, como manhã esplêndida, fugaz. E deixamos esta vida pequenos, encarcerados, num quase nem poder, numa noite voraz de luz.
Mas o entardecer de nossas vidas é o melhor, é o que nos trás consciência e a ela aduz o sentido de nossas existências.
Esse entardecer é a parte melhor da vida.
É quando podemos observar tudo, respirar fundo, escarrapachados em nossas redes, vendo isso, cheios de nossas verdades, e, embalados em nosso mundo, nos dar o direito de ficarmos, bem no fundo, mudos...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

DIA MUNDIAL DO ROCK


O Rock'n'roll sempre será um estado de espírito.
Estado esse que se ajeita como puder dentro do cara.
Toma conta dos espaços e os vai liberando, aos poucos, pra que coisas novas e com ele compatíveis os ocupem.
É atemporal (vide Beethoven) e não trata, ou pouco importa, a música.
Liberdade e respeito. É isso o que importa.
Liberdade e respeito pra consigo e pra com todos os seres.
"Respeito é a Lei", como diz o Teco Martins.
Salve o velho-novo rock'n'roll!
Um "Viva!" às grandes velhas-novas almas que trazem em si seu velho-novo espírito!

domingo, 1 de julho de 2012

A SAUDADE MATA A GENTE

A Saudade pode ser produtiva. Traz referências. Mas tb pode nos ligar ao passado, ao ido, ao isolado. Saudade produtiva nos traz ao presente, ao que queremos verdadeiramente, ao que precisamos. Impossível não sentir saudades, impossível sermos indiferentes. Mas é possível fazer da Saudade o que temos de quente, fazer de nosso corpo um pote, um grande vaso, que, de forma diferente, comporte nossos laços de amor e amizade; pode ser algo que nos traslade à nossa condição, que, no fundo (no fundo), é apenas a de aprender a amar, tendo como estopim a paixão e, assentados num e noutro, nos leve a crescer e ver, em cada um o quanto bela é a vida e quanto os remendos no coração fazem valer cada ferida.