sábado, 10 de março de 2012

Caipirinha di quê?

(Essa vai pro meu amigo Marco Tenca)

Se a vida der a você um limão...

Que seja galego, tamanho médio e casca lisa.
Lave bem, corte em rodelas e, num copo baixo e largo, junte as rodelas
com uma colher de açúcar.
Aí, amasse, delicadamente, com um amassador próprio.
Acrescente uns 3 cubos de gelo picado e
complete com uma boa cachaça...
Misture levemente.
Taí.
Uma caipirinha de verdade.
Se o limão for siciliano, melhor trocar a cachaça por vodka.
Não dá mais pra chamar de caipirinha. Mas é bom também.
Mas se a vida der a você um Kiwi, fudeu.
Vai ter que usar licores, vodka, gelo moído,
Tudo num copo apropriado, com chapeuzinho enfeitando, etc...
E, aí, vai ter gente achando que você é meio esquisito...

quinta-feira, 8 de março de 2012

FEMININO DO SER



Os homens são os seres mais privilegiados
Pois, além da vida,
Têm a vida daquelas por quem foram gerados
E a capacidade de gerar
Através da vida daquelas por quem são amados
Essas incríveis criaturas,
Divinas e incansáveis,
Provedoras, protetoras,
Amantes de seus homens e de seus filhos
Capazes de fazer por eles
O que estes talvez não sejam,
São nossa ventura.
A mulher, indescritível que é,
Pode ser contemplada,
Por dentro e por fora.
Mas deve ser reconhecida.
Se não compreendida,
Amada, em seus mistérios.
Respeitada e encorajada,
Pois entendo que cada uma delas
Em seus únicos e vastos universos,
Que se encantam com flores,
Se enternecem com versos,
E esperam pouco, apenas a troca,
Mereçam dos homens, mais que sexo,
Ações e atitudes que as sustentem
Que ao menos as ajudem no caminhar sobre o fio
Pra que nos deem equilíbrio...          



quinta-feira, 1 de março de 2012

VOCÊ E A LUA

(Almas que têm...)


Nos momentos em que
Seus olhos quase negros
Refletem a lua muda
Meus insanos sentimentos
Me dizem que a lua muda

Sinto então uma emoção surda
Sinto ciúme dos seus olhos quase negros
Da sua pele morena e dos seus cabelos
Dos inconfessáveis pensamentos
Que você tem quando olha a lua

Nos momentos em que
Me chama pra ver a lua,
Inconscientemente eu olho pra rua
Pra ver se tem mais alguém vendo
Porque, nesses momentos, a lua é sua

Não tente explicar
Eu só preciso saber
Se seus olhos brilham para a lua
Ou se ela brilha pra você, ou se esconde
Ou se vocês apenas se procuram.

Daí eu olho o céu
Em busca do brilho de Vênus
E fico mudo, por um instante calado.
Já que, mesmo que não a encontre,
Sinto você, Vênus, ao meu lado.

Vê bem a diferença:
A lua que muda, tem várias faces,
Gira em torno do planeta
Vênus, que migra, por ser planeta
Não enfrenta fases

Mas se eu orbito na sua atmosfera
Eu não passo de uma lua
E você, minha Vênus,
Meu planeta, só de imaginar sua alma distante,
Fria e nua, me faz olhar pra rua

Pra saber se mais alguém a está vendo,
Olhando a mesma lua.
Que você, com seus olhos quase negros,
Entregue ao seu contentamento,
Espelha somente a beleza crua

Em que essa leveza, na pureza
Do sentimento,
Me transforma em satélite
De Vênus, cativo de pensamentos.
E você, planeta, se entregando à lua...