terça-feira, 16 de março de 2010

Carnaval

Eu desejava que as mulheres estivessem despidas,
nuas, feito um Bom Sinal...
Sendo elas mesmas, cheias de pintura,
sem promessas, sem frescura
e que na quarta-feira isso não deixasse de ser normal.
Que valorizassem seu cheiro,
sua formosura,
sua forma pura, sensacional.
E que não precisassem de clínicas, não evitassem rapadura e,
de preferência, no demais do ano,
não evitassem o sexo nem nos quisessem mal.
Eu esperava que os homens não evitassem o chuveiro e,
depois, o resto do ano inteiro,
não mijassem no chão do banheiro e não as tratassem mal.
Tudo bem que estamos em fevereiro
e essa festa nem foi inventada por brasileiro, etc. e tal.
Mas, caraca, se existe essa alegria
que não se sabe de onde vem,
ela teria de ser ao menos útil.
Afinal, se não se pode ser menos fútil,
tentemos viver como se a vida fosse
um grande e eterno Carnaval...

Um comentário:

  1. O que a sociedade costuma chamar de "equilíbrio" nada mais é do que a pequena tentativa do homem em não perder sua integridade mental ou a sua alma. Pessoalmente encontrei no desequilíbrio da minha alma uma porta, um escape. Um ponto de equilíbrio, não uma fuga - como diriam os críticos. Uma certeza, não uma ilusão ou um desvio. Mas vivemos tempos em que chamam de "equilíbrio" a falta deste.

    Abraços, Rô.

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