Nada do que acontece em nossas vidas é desnecessário.
Tudo tem razão de ser e acontecer.
Tudo é resultado de nossas escolhas.
Tudo reage ao agente.
Nada passa despercebido no Universo.
Desde a folha que cai até um estranho verso.
Tudo tem que ser.
Tudo é.
Tudo há de ser o que é e o que será.
A nós cabe aprender.
Desde este instante que se vai, até o momento em ele que sai, dando ao dia a chance de amanhecer quando a noite se esvai.
A nós cabe o entardecer, que é o jeito que a vida achou de nos botar pra entender que o tempo que passa não é o dia acabando, nem a manhã se entremeando.
Talvez (e eu arrisco esse talvez), entardecer seja o jeito da vida suceder.
Pois nascemos encarcerados num pequeno ser, como manhã esplêndida, fugaz. E deixamos esta vida pequenos, encarcerados, num quase nem poder, numa noite voraz de luz.
Mas o entardecer de nossas vidas é o melhor, é o que nos trás consciência e a ela aduz o sentido de nossas existências.
Esse entardecer é a parte melhor da vida.
É quando podemos observar tudo, respirar fundo, escarrapachados em nossas redes, vendo isso, cheios de nossas verdades, e, embalados em nosso mundo, nos dar o direito de ficarmos, bem no fundo, mudos...
segunda-feira, 23 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
DIA MUNDIAL DO ROCK
O Rock'n'roll sempre será um estado de espírito.
Estado esse que se ajeita como puder dentro do cara.
Toma conta dos espaços e os vai liberando, aos poucos, pra que coisas novas e com ele compatíveis os ocupem.
É atemporal (vide Beethoven) e não trata, ou pouco importa, a música.
Liberdade e respeito. É isso o que importa.
Liberdade e respeito pra consigo e pra com todos os seres.
"Respeito é a Lei", como diz o Teco Martins.
Salve o velho-novo rock'n'roll!
Um "Viva!" às grandes velhas-novas almas que trazem em si seu velho-novo espírito!
domingo, 1 de julho de 2012
A SAUDADE MATA A GENTE
A Saudade pode ser produtiva. Traz referências. Mas tb pode nos ligar ao passado, ao ido, ao isolado. Saudade produtiva nos traz ao presente, ao que queremos verdadeiramente, ao que precisamos. Impossível não sentir saudades, impossível sermos indiferentes. Mas é possível fazer da Saudade o que temos de quente, fazer de nosso corpo um pote, um grande vaso, que, de forma diferente, comporte nossos laços de amor e amizade; pode ser algo que nos traslade à nossa condição, que, no fundo (no fundo), é apenas a de aprender a amar, tendo como estopim a paixão e, assentados num e noutro, nos leve a crescer e ver, em cada um o quanto bela é a vida e quanto os remendos no coração fazem valer cada ferida.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Dia Feliz
Há quem sinta que um como hoje
Seja um dia superado.
Desiludido, sem amor ou mal amado,
Vive o ranço dos despeitados.
Mas há os românticos inveterados...
Aqueles que sonham e acreditam,
Fazem de um tudo: pactos com a lua,
Promessas e mandingas
pra prenderem o ser amado.
Tem os ficantes, os ficados, que, num
Dia como o de hoje, acabam ficando
sem uma prenda, sem um agrado...
Há também o que perdeu seu amor
E anda por aí meio desesperado.
Tem uns que, de tanto buscar ou esperar,
Já não querem saber desse papo furado.
E, às vezes, nem é bom falar de corda
em casa de enforcado...
Ah, mas há os que se curtem, se acarinham,
Trocam presentes, olhares, abraços e
um bocado, mas um bocado de beijos,
Carícias de amor molhado
E é nessa hora que se enternecem todos
Ao receberem um grande,
ou mesmo um acanhado desejo de
“Feliz dia dos Namorados”...
Seja um dia superado.
Desiludido, sem amor ou mal amado,
Vive o ranço dos despeitados.
Mas há os românticos inveterados...
Aqueles que sonham e acreditam,
Fazem de um tudo: pactos com a lua,
Promessas e mandingas
pra prenderem o ser amado.
Tem os ficantes, os ficados, que, num
Dia como o de hoje, acabam ficando
sem uma prenda, sem um agrado...
Há também o que perdeu seu amor
E anda por aí meio desesperado.
Tem uns que, de tanto buscar ou esperar,
Já não querem saber desse papo furado.
E, às vezes, nem é bom falar de corda
em casa de enforcado...
Ah, mas há os que se curtem, se acarinham,
Trocam presentes, olhares, abraços e
um bocado, mas um bocado de beijos,
Carícias de amor molhado
E é nessa hora que se enternecem todos
Ao receberem um grande,
ou mesmo um acanhado desejo de
“Feliz dia dos Namorados”...
quarta-feira, 30 de maio de 2012
DIAS MELHORES EM NOSSAS MÃOS
‘Bora fazer dias melhores.
Um de cada vez.
Botar uma pecinha que seja, ao dia,
nesse enorme quebra-cabeça que é nossa vida.
Olha como, durante todos esses anos,
vimos encaixando as pecinhas
apenas por sua forma, mas sem construir
a figura certa...
Parece que vem sendo montado por
criancinhas esse quebra-cabeça.
Chega a hora de olhar direito,
ver bem a tampa da embalagem,
desmontar as partes erradas, retirar as peças
inadequadas e reconstruir a figura.
Dessa vez do jeito certo, pra que possa ter sentido,
pra que, mesmo que seja devagar, ao final da
jornada, possamos nos orgulhar de ter montado um
grande quebra-cabeça de, sei lá, 433 mil pecinhas,
formando uma linda paisagem.
Daí emoldurá-la, pendurar na
parede das nossas almas, como referência
das dificuldades superadas,
junto de alguém ou não, mas com afinco.
E aí, sim, pegar um novo quebra-cabeça.
Quem sabe um de, sei lá, 866 mil peças...
Um de cada vez.
Botar uma pecinha que seja, ao dia,
nesse enorme quebra-cabeça que é nossa vida.
Olha como, durante todos esses anos,
vimos encaixando as pecinhas
apenas por sua forma, mas sem construir
a figura certa...
Parece que vem sendo montado por
criancinhas esse quebra-cabeça.
Chega a hora de olhar direito,
ver bem a tampa da embalagem,
desmontar as partes erradas, retirar as peças
inadequadas e reconstruir a figura.
Dessa vez do jeito certo, pra que possa ter sentido,
pra que, mesmo que seja devagar, ao final da
jornada, possamos nos orgulhar de ter montado um
grande quebra-cabeça de, sei lá, 433 mil pecinhas,
formando uma linda paisagem.
Daí emoldurá-la, pendurar na
parede das nossas almas, como referência
das dificuldades superadas,
junto de alguém ou não, mas com afinco.
E aí, sim, pegar um novo quebra-cabeça.
Quem sabe um de, sei lá, 866 mil peças...
quinta-feira, 24 de maio de 2012
PAIXÃO #2
Estar apaixonado não implica em depois.
É viver um momento num estado que não explica o antes.
É ficar emocionado pelo fato de ser um em dois.
É um querer insano, é desejar estar grudado,
Sem pensar em que ano estamos ou em que ano foi.
É não pensar na vida, não cuidar das feridas,
É deixar tudo de lado, é apenas querer ficar ao lado
De quem, em vez de um, faz dois.
É amar cada segundo, como se o mundo estivesse pronto.
Pronto pra acabar no próximo instante, e a gente,
Um segundo antes, tivesse a certeza de que,
No próximo segundo estaremos juntos,
Fazendo do mundo acabado,
Apenas um espaço assolado, isolado pela paixão de nós dois.
Estar apaixonado é acreditar na vida.
Pois a paixão dura e é eterna.
Ela pode ser eterna como eterno é o amor.
Basta querer ter vida, ser vivo, mas isso não é amor.
Amor é o universo, não cabe num verso,
Mais a paixão sim.
É o que faz querer viver,
É a sensação do poder,
É o senso do divino que,
Desde o ser mais pequenino,
Capaz de lutar pela vida,
Tendo dentro uma fúria,
Tendo em si a eterna busca
Pelo amor e sua consolidação
Vai seguindo, indo,
Pois, sem ela, não há amor que resista,
Ela é do amor o estopim.
Ela é a paixão.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
O MEU AMOR
Meu amor é certeiro,
Concreto e cheio, pois,
Não sendo o último nem o primeiro,
É um tipo intermediário.
É do tipo diário, que precisa de
Chama acesa, feito um fogareiro.
Que nem fogão de brasa,
Que em meu peito arde o dia todo.
Hora quase apagando, mas,
Se põe lenha e assopra,
Meu fogo dobra
De tamanho e, de fogo lento,
Vira solda de derreter estanho.
Meu amor é tamanho,
Que, de tão estranho,
Chega a ser, noutras horas,
Um amor perigoso.
Pois quem ama, de venturoso,
Pode vir a ser desastroso.
Esse amor, na verdade,
Clareia e arde.
Tem uma luz e
Arde de paixão,
Porque minha tesão
É coisa confiscada:
Um amor que nasceu do nada,
(pobre diabo em nascituro),
Digo que, apenas um pau duro,
(já que, hoje, assim se mede uma paixão),
Não explica e nem pode,
Dizer o que sinto por meu amor,
Que é meu dia e minha noite,
Meu modo de expressão,
Meu amor por minha vida.
É minha insônia, minha ilusão.
Meu amor tudo pode.
Pra ela eu digo sim.
E ela até pode dizer não...
Concreto e cheio, pois,
Não sendo o último nem o primeiro,
É um tipo intermediário.
É do tipo diário, que precisa de
Chama acesa, feito um fogareiro.
Que nem fogão de brasa,
Que em meu peito arde o dia todo.
Hora quase apagando, mas,
Se põe lenha e assopra,
Meu fogo dobra
De tamanho e, de fogo lento,
Vira solda de derreter estanho.
Meu amor é tamanho,
Que, de tão estranho,
Chega a ser, noutras horas,
Um amor perigoso.
Pois quem ama, de venturoso,
Pode vir a ser desastroso.
Esse amor, na verdade,
Clareia e arde.
Tem uma luz e
Arde de paixão,
Porque minha tesão
É coisa confiscada:
Um amor que nasceu do nada,
(pobre diabo em nascituro),
Digo que, apenas um pau duro,
(já que, hoje, assim se mede uma paixão),
Não explica e nem pode,
Dizer o que sinto por meu amor,
Que é meu dia e minha noite,
Meu modo de expressão,
Meu amor por minha vida.
É minha insônia, minha ilusão.
Meu amor tudo pode.
Pra ela eu digo sim.
E ela até pode dizer não...
sábado, 10 de março de 2012
Caipirinha di quê?
(Essa vai pro meu amigo Marco Tenca)
Se a vida der a você um limão...
Que seja galego, tamanho médio e casca lisa.
Lave bem, corte em rodelas e, num copo baixo e largo, junte as rodelas
com uma colher de açúcar.
Aí, amasse, delicadamente, com um amassador próprio.
Acrescente uns 3 cubos de gelo picado e
complete com uma boa cachaça...
Misture levemente.
Taí.
Uma caipirinha de verdade.
Se o limão for siciliano, melhor trocar a cachaça por vodka.
Não dá mais pra chamar de caipirinha. Mas é bom também.
Mas se a vida der a você um Kiwi, fudeu.
Vai ter que usar licores, vodka, gelo moído,
Tudo num copo apropriado, com chapeuzinho enfeitando, etc...
E, aí, vai ter gente achando que você é meio esquisito...
Se a vida der a você um limão...
Que seja galego, tamanho médio e casca lisa.
Lave bem, corte em rodelas e, num copo baixo e largo, junte as rodelas
com uma colher de açúcar.
Aí, amasse, delicadamente, com um amassador próprio.
Acrescente uns 3 cubos de gelo picado e
complete com uma boa cachaça...
Misture levemente.
Taí.
Uma caipirinha de verdade.
Se o limão for siciliano, melhor trocar a cachaça por vodka.
Não dá mais pra chamar de caipirinha. Mas é bom também.
Mas se a vida der a você um Kiwi, fudeu.
Vai ter que usar licores, vodka, gelo moído,
Tudo num copo apropriado, com chapeuzinho enfeitando, etc...
E, aí, vai ter gente achando que você é meio esquisito...
quinta-feira, 8 de março de 2012
FEMININO DO SER
Os homens
são os seres mais privilegiados
Pois, além
da vida,
Têm a vida
daquelas por quem foram gerados
E a
capacidade de gerar
Através da
vida daquelas por quem são amados
Essas incríveis
criaturas,
Divinas e
incansáveis,
Provedoras,
protetoras,
Amantes de
seus homens e de seus filhos
Capazes de
fazer por eles
O que estes
talvez não sejam,
São nossa ventura.
A mulher,
indescritível que é,
Pode ser
contemplada,
Por dentro
e por fora.
Mas deve
ser reconhecida.
Se não
compreendida,
Amada, em
seus mistérios.
Respeitada
e encorajada,
Pois
entendo que cada uma delas
Em seus
únicos e vastos universos,
Que se
encantam com flores,
Se enternecem
com versos,
E esperam
pouco, apenas a troca,
Mereçam dos
homens, mais que sexo,
Ações e
atitudes que as sustentem
Que ao
menos as ajudem no caminhar sobre o fio
Pra que nos deem equilíbrio...
quinta-feira, 1 de março de 2012
VOCÊ E A LUA
(Almas que têm...)
Nos momentos em que
Seus olhos quase negros
Refletem a lua muda
Meus insanos sentimentos
Me dizem que a lua muda
Sinto então uma emoção surda
Sinto ciúme dos seus olhos quase negros
Da sua pele morena e dos seus cabelos
Dos inconfessáveis pensamentos
Que você tem quando olha a lua
Nos momentos em que
Me chama pra ver a lua,
Inconscientemente eu olho pra rua
Pra ver se tem mais alguém vendo
Porque, nesses momentos, a lua é sua
Não tente explicar
Eu só preciso saber
Se seus olhos brilham para a lua
Ou se ela brilha pra você, ou se esconde
Ou se vocês apenas se procuram.
Daí eu olho o céu
Em busca do brilho de Vênus
E fico mudo, por um instante calado.
Já que, mesmo que não a encontre,
Sinto você, Vênus, ao meu lado.
Vê bem a diferença:
A lua que muda, tem várias faces,
Gira em torno do planeta
Vênus, que migra, por ser planeta
Não enfrenta fases
Mas se eu orbito na sua atmosfera
Eu não passo de uma lua
E você, minha Vênus,
Meu planeta, só de imaginar sua alma distante,
Fria e nua, me faz olhar pra rua
Pra saber se mais alguém a está vendo,
Olhando a mesma lua.
Que você, com seus olhos quase negros,
Entregue ao seu contentamento,
Espelha somente a beleza crua
Em que essa leveza, na pureza
Do sentimento,
Me transforma em satélite
De Vênus, cativo de pensamentos.
E você, planeta, se entregando à lua...
Nos momentos em que
Seus olhos quase negros
Refletem a lua muda
Meus insanos sentimentos
Me dizem que a lua muda
Sinto então uma emoção surda
Sinto ciúme dos seus olhos quase negros
Da sua pele morena e dos seus cabelos
Dos inconfessáveis pensamentos
Que você tem quando olha a lua
Nos momentos em que
Me chama pra ver a lua,
Inconscientemente eu olho pra rua
Pra ver se tem mais alguém vendo
Porque, nesses momentos, a lua é sua
Não tente explicar
Eu só preciso saber
Se seus olhos brilham para a lua
Ou se ela brilha pra você, ou se esconde
Ou se vocês apenas se procuram.
Daí eu olho o céu
Em busca do brilho de Vênus
E fico mudo, por um instante calado.
Já que, mesmo que não a encontre,
Sinto você, Vênus, ao meu lado.
Vê bem a diferença:
A lua que muda, tem várias faces,
Gira em torno do planeta
Vênus, que migra, por ser planeta
Não enfrenta fases
Mas se eu orbito na sua atmosfera
Eu não passo de uma lua
E você, minha Vênus,
Meu planeta, só de imaginar sua alma distante,
Fria e nua, me faz olhar pra rua
Pra saber se mais alguém a está vendo,
Olhando a mesma lua.
Que você, com seus olhos quase negros,
Entregue ao seu contentamento,
Espelha somente a beleza crua
Em que essa leveza, na pureza
Do sentimento,
Me transforma em satélite
De Vênus, cativo de pensamentos.
E você, planeta, se entregando à lua...
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Poesia
A poesia, como todas as formas de arte, existe e persiste por si. Assim, não existe, se ninguém a vê. O que há são poetas, artistas. A arte está na alma, na capacidade individual de vislumbrar o indizível, o inexplicável, de sentir o sonho, de transcender o visível e procurar, no invisível, a beleza de ser.
Estes anos...
Outubro. Tudo passa bem em outubro. Começam lojas, shoppings e pessoas a planejar. Nada melhor do que esperar outubro. Novembro e dezembro são difíceis, mais que março, abril e até setembro. Cuecas enlarguecem e meias embolecem, camisetas, esquece. É bom viver no Brasil. Há ondas de calor e ondas de frio, mas, jamais, ficamos no vazio. Chocolate quente com pipoca, cerveja gelada (sempre) e mais batata e pipoca. Tá com frio? Se sente vazio? Tenho apenas duas sugestões: desencosta, vem pro Brasil ou vai pra puta que o pariu...
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
GAME IS OVER
(Dedico esta canção àquela senhora sentada na primeira fila do meu coração)
Presa fácil, presa a mim,
Feito um jogo antigo,
Num vício, que se repete
Acordo cedo e já ligo
Volto ao início e aperto o play,
E lá vou eu cair de novo
Nas mesmas armadilhas,
Pelos labirintos que inventei
São mesmas as molas que
Me fazem saltar e fogem,
E trazem conhecidos monstros
Que já matei, ganhando esmolas,
Esperando as vidas, os mesmos bônus,
E comemoro em meu íntimo
Ao ouvir a surrada trilha sonora
Da fase pela qual eu já passei
Centenas, milhares de vezes,
De dias, de anos sem conta,
Repetindo o mesmo caminho
Decorando o labirinto que eu criei
Experimentando a mesma ilusão
De que assim posso vencer
Mas, cansada e vencida, ao fim do dia,
Na velha tela aparece “game over”
Deito, exausta e convencida de que tentei,
E que amanhã será outro dia
E sonho que fiz o melhor
Da vida que não planejei
Acordo, fingindo uma alegria,
Pelo tempo que superei
Então corro pro game,
Ligo, volto ao início e aperto o play...
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Receita de galinha à cabidela
Ingredientes:
Uma galinha de capoeira gorda.
Temperos:
Todos os que você acha que tem direito.
Modo de preparo:
Sangrar a galinha (isso é muito importante) e aparar o sangue num prato fundo com vinagre, sempre batendo com um garfo (o sangue, não na galinha). Cozinhar a galinha aos pedaços, já que precisa despedaçar bem a galinha, com todos os temperos e, quase na hora de servir, colocar o sangue e mexer bem para não talhar. Muito importante: se não achar uma galinha de capoeira gorda, jamais use sua galinha-dos-ovos-de-ouro...
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Os miseráveis (para que não se perca no tempo)
Agentes e vítimas de sua própria miséria espiritual arrastam-se feito serpentes na lama, injetando aqui e ali seus venenos destilados na alma. Arrastam-se, pois não têm como seguir por suas próprias pernas. Miseráveis que são, contentam-se em envolver suas presas; estas, miseráveis também, brindam suas infelicidades e jogam a taça fora, como se o ato legitimasse sua demonstração de falsa felicidade. Acontece, porém, que, frequentemente a taça cai no lugar errado e fere, envenenando, quem não esperava por isso. Aí, sim, somos surpreendidos novamente...
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Insônia
A insônia tem seus altos e baixos: você troca um travesseiro que acha que está alto; daí o travesseiro fica baixo. Tira o som da TV, constata que está baixo e devolve o som. Sua mulher reclama que está alto. Você coloca os dois travesseiros, tira o som, vai até a geladeira, pega uma cerveja e derruba um prato que tinha queijo. Sua filha entra berrando que está fazendo barulho e sua mulher explica que é porque você está alto. Você "grita baixo", pra não incomodar a vizinha, que não foi culpa sua, que o lugar do queijo não é tão alto, aí elas batem as portas dos quartos, bem alto, e falam pra você falar baixo. Daí, às 9h da manhã, alguém derruba bem alto, umas tampas de panela, e você, com sua autoestima lá em baixo, vira pro outro lado e pensa: caralho, eu devia me mudar lá pra baixo...
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Lixo para quem precisa de lixo
Às vezes penso que tudo é uma grande bobagem e que falar de certas coisas é uma perda de tempo. Mas, quando penso que o tempo está passando mesmo e que, desde que comecei a pensar em escrever mais esta bobagem já se passou algum tempo e ele não vai voltar, nem mesmo como a miserável restituição do IR, escrever é só mais uma forma de perder tempo.
Sempre admirei o Canadá. Tá, espera um pouco. Também conheço várias versões das ocupações no Canadá.
Deixando isso de lado, queria falar sobre o lixo produzido pelo brasileiro, a maneira como ele lida com isso e o que isso tem a ver com o Canadá.
Quando a humanidade lixava as unhas das mãos tentando ficar sobre as duas patas traseiras, largava pelo caminho os resíduos da sua existência. Já que tudo o que agregava ou consumia era degradável, bastava lançar o bagulho numa direção qualquer. Nessa época, o homem já era seguido por lixeiros da natureza. Então, o que não era possível ser consumido por parasitas o era pela natureza, pelo tempo (olha ele aí).
Mas, depois de milhões de anos, a gente constata que há certas coisas que não mudam. Quero dizer que o homem continua a largar pelo caminho os resíduos indesejados da sua existência. Atualmente, somos mais sofisticados. Temos alimentos processados, não precisamos ser nômades, escolhemos quais venenos consumir: vegetais, animais, farmacológicos, psicotrópicos e o cacete. Ou tudo isso junto e misturado. Tudo em embalagens não degradáveis...
Eu, que vivo numa cidade à beira-mar, fico indignado com a quantidade de lixo que as pessoas deixam por onde passam aqui. Sempre que caminho na orla, fico catando lixo, de bitucas de cigarro a enormes sacos plásticos pretos, sempre meio submersos na areia. Mesmo tentando ser discreto, minha família nem sempre aprova esse “mico”.
Quando vejo TV, e sempre que chove pelo país afora, noto que há algumas coisas que boiam. Garrafas pet, sacos de lixo, automóveis 1.0, autoridades, enfim, as cidades se afogam no próprio lixo.
Bom, essa parte do texto está bem exposta. Agora quero fazer a relação entre o que escrevi e o Canadá.
Quando eu era criança, nos anos 1960, no meu bairro não havia coleta de lixo. Aliás, na minha rua quase não passava carro. O lixo era jogado em algum dos terrenos baldios vizinhos ou diretamente num córrego atrás da minha e de dezenas de casas. Numa noite de tempestade, a água chegou dentro de casa e meu pai derrubou o muro do fundo sobre si mesmo. Caos. Não se feriu seriamente, mas foi arrastado pela correnteza, etc.
Passados alguns anos, o lixo era depositado em latões, sem qualquer embalagem, e os lixeiros derrubavam aquilo diretamente na carroceria de um caminhão. O fedor do caminhão era anúncio de que ele iria passar naquele dia, como o fedor do latão era uma pequena amostra do destino daquela porcaria.
É aqui que entra o Canadá.
Eu adorava ver um programa institucional (que hoje eu sei que era um programa institucional) que passava muito quando a TV Band se estava instalando.
O Canadá foi o primeiro país a instituir o saco de lixo. Depois vieram outros. Nos anos 1970 o Brasil pegou a rabeira da onda. Nada desembalado seria recolhido.
Era difícil vender saco de lixo no Brasil, mas ficava barato pra caramba fazer propaganda em sacolinhas de supermercados. E é lógico que essas pequenas bombas transformar-se-iam em sacos para lixo.
É lógico que os produtores de sacos em geral não desistiram de seus negócios, mas investiram muito nas incontáveis empresas emergentes e que se utilizavam de sacos de propaganda.
Chegamos ao ponto. As grandes redes de supermercados, ao mesmo tempo em que sucumbiram à mídia televisiva, aglutinaram-se em 2 ou 3 grandes empresas. Daí, no presente momento (e essa discussão já leva 30 anos), para quê gastar uma fortuna em sacos promocionais? Deixem os fabricantes de sacos trabalhar. Reduzirão os preços das embalagens em geral e aumentarão seus lucros com a venda de sacos de lixo.
Quem é que acha que um saco promocional faz diferença, já que vai ter de pagar por mais um produto, que é o saco de lixo, em relação ao ambiente (que os grandes intelectuais pleonasmam de meio-ambiente)?
Basicamente, um saco promocional, que costuma custar menos de R$0,02, vai transformar-se num produto cada vez mais caro, terá o mesmo destino das sacolas promocionais, não vai baixar a conta do supermercado e nem diminuir a poluição.
Há certas coisas que não mudam... Transferem-se.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Feliz Ano Novo
Independentemente da alegria e emoção com que chegamos a mais um novo ano, apesar das vibrações divinas de que nossos desejos pessoais se tornem realidade, não, meus amigos, 2012 não será o ano em que haverá paz no mundo, tampouco haverá mais honestidade ou compaixão por todas as criaturas do universo... A menos que cada um de nós dê um primeiro passo na direção do bem comum, a humanidade, na pessoa de cada um, permanecerá mesquinha, crítica do alheio e autocomplascente, medíocre e choramingas. Então, boralá fazer um mundo melhor, e que 2012 se faça, como qualquer outro, a oportunidade, o momento certo pra que nos tornemos uma raça que mereça ter sido a mais bem equipada da criação de Deus. Feliz Ano Novo!
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